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"O livro-cobra vai largando a pele pelos lugares e mãos de passagem, enrosca-se nos braços do leitor que o lê por comunicação táctil. O livro - cobra muda de pele e o leitor é renovado. Pele contra pela. Por osmose um mesmo tecido nasce da morte do anterior. Mas o livro - cobra hiberna e, enquanto hiberna enrosca-se nos buracos da memória, nos interstícios da matéria negra, até novo solstício – só então renasce.. O leitor eterno vive no plano infinito que este livro desenrola. Ou o livro nos infinitos planos da temporalidade do leitor?"
Manuel Silva-Terra, Lira, p. 12
2 comments:
Felicidades para si.Gostei do seu blog
mst
Obrigada pela visita. Eu gostei muito de ler o Lira, parabéns por tão belo acervo de palavras. Apetecia passar mais do que um texto, mas este é não só um dos mais cómodos pelo seu pequeno tamanho, mas também porque é um belíssimo exemplo de tudo o que de bom há neste livro.
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