Monday, November 29

Sei proposte per il prossimo milennio

Não precisamos de muita coisa


Não precisamos de muita coisa,

um pouco de sol e as Berlengas no horizonte,

a tarde escorrendo na cafetaria,

os nossos olhos lentos e as vidraças

subitamente acesas no esplendor das bátegas.

Patos selvagens erguendo-se da lagoa 

quando sairmos e ao vento frio oferecermos 

a transparência dos lábios cercados 

pela melancolia da tarde que se nos finda

.

E à noite talvez as mãos

ardidas de saudade e em surdina

uma canção de Ella e Louis Armstrong.

p. 27, Sob os teus pés a terra, Soledade Santos

Outro poema: lido pela Artefacto

Wednesday, November 24

Sophie Scholl

Immer in unser Herz.

Die letzten Tage

Mesmo que os advogados fiquem sem emprego

"Quereis prevenir os delitos? Fazei com que as leis sejam claras, simples e que toda a força da nação se concentre em defendê-las e nenhuma parte dela seja empregada para destruí-las. Fazei com que as leis favoreçam menos a classe dos homens do que os próprios homens."

Pp. 131, Dos delitos e das penas de Cesare Beccaria

Saturday, November 20

Friday, November 19

Leituras em Novembro


O mar bate como se o sopro
do separar das águas de novo
rasgasse a terra alcantilada.
Não vejo, mas ao longe
oiço, no êxtase, o rumor
das ondas infinitamente.
Depois calamo-nos ouvindo
a voz interior apenas e pensamos
nos livros que consubstanciam
a separação entre a terra e a água.

Fiama Hasse Pais Brandão

Saturday, November 13



[Vic hoists a young rhinoceros out of a trap]
Eloise Kelly: Hey! A kangaroo.

Monday, November 8

"Mine the long night
The secret place
Where lovers meet
In long embrace
In purple dark
In silvered kiss
Forget the world
And grasp your bliss"

Christabel LaMotte, Possession

Saturday, November 6

"(...) Sigam o meu conselho e voltem ao estado normal... O senhor Boi, grandalhão... e a Senhora Rã, pequenota... E se aspiram a ser iguais conquistem a liberdade de não serem idênticos e de poderem atirar as desigualdades à cara um do outro... Ou então...
Mas aqui calou-se enrodilhado nas palavras que mal roçavam pela verdade fugidia... E, envergonhado, lá os deixou (a Rã a aumentar... o Boi a diminuir...), disposto a não se deter mais durante a travessia do país da Fábula — farto de filosofices e, sobretudo, com uma fome diabólica."

Aventuras de João sem Medo, José Gomes Ferreira