Tuesday, December 30


Abaelard Und Seine Schülerin Heloisa, por Edmund Blair Leighton

Heloíse et Abelard

Romeu e Julieta não foram os únicos a amar-se, Pedro e Inês não foram o único amor proibido.  "A linguagem, forjada em cartas, concede-lhes a oportunidade de se contemplarem, de se tentarem, de regressarem um ao outro"

(...) How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd

Alexander Pope's poem "Eloisa to Abelard" (1717)


Joel: I can't see anything that I don't like about you. 
Clementine: But you will! But you will. You know, you will think of things. And I'll get bored with you and feel trapped because that's what happens with me. 
Joel: Okay. 

Can't help it

Epicurismo é o sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguído depois por outros filósofos, chamados epicuristas.

Epicuro propunha uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade, esse era o objetivo de seus ensinamentos morais. Para Epicuro, a presença do prazer era sinónimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição: a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento, etc.

A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados. Para isso fundamentava-se em uma teoria do conhecimento empirista, em uma física atomista e em uma ética hedonista.

Thursday, December 25

Monday, December 22

"Os professores são os inúteis mais bem pagos deste país" , disse Miguel Sousa Tavares.

"Ora como "os inúteis mais bem pagos deste país" já  lhe deram alguns milhares de euros a ganhar, resolveram fazer uso da sua inutilidade e dar este presentinho de Natal a todos os outros inúteis que o queiram ler...
  
Aqui o tens, não compres..."

1,5 d'eternité ensemble


Da maneira mais simples

É apenas o começo. Só depois dói,
e se lhe dá nome.
Às vezes chamam-lhe paixão. Que pode
acontecer da maneira mais simples:
umas gotas de chuva no cabelo.
Aproximas a mão, os dedos
desatam a arder inesperadamente,
recuas de medo. Aqueles cabelos,
as suas gotas de água são o começo,
apenas o começo. Antes do fim terás de pegar no fogo
e fazeres do inverno
a mais ardente das estações.

Eugénio de Andrade, Sulcos da Sede

Sunday, December 14


Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.

António Gedeão

聖闘士星矢


"desenha com a ponta dos teus dedos
as fronteiras exactas do meu rosto
as rugas    os sinais     a cicatriz que ficou da infância
o lento sulco das lâminas onde no peito
se enterra o mistério do amor

e diz-me
o que de mim amaste noutros corpos
noutras camas   noutra pele"

Alice Vieira

The Logical Song

Thursday, December 11

"Dizendo-o por palavras mais próximas de uma imagem muito utilizada por Levinas - o Outro está aí, sempre, como um parceiro de diálogo, ou mesmo apenas uma esperança (um temor) de diálogo, como alguém que tem coisas que nos podem ser ditas e que, se o forem, modificam a nossa compreensão, de nós mesmos, provavelmente mais do que a nossa compreensão do Outro, a qual permanecerá sempre aberta e inacabada.
A tragédia está em que, (...) a compreensão há-de ser sempre incompleta, dela resultando sempre um resíduo irredutível. Ou seja, o Outro permanece como uma totalidade ou infinito, inapropriável pelo nosso pensamento, mas despertando sempre uma vertigem de conhecer mais (para nós mesmos no conhecermos mais)."

P.402/403 de O Caleidoscópio do Direito, António M. Hespanha

Friday, December 5

"Os astros não se explicam: arrefecem"


" (...) Mas este íntimo secreto
que no silêncio concentro,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo,
este ser-se sem disfarce,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se e desflorar-se,
é nosso, de mais ninguém."