Saturday, February 2

Obrigado, amiga

Não sei o que hei-de escrever
Literalmente não sei o que hei-de escrever
Porque não faço ideia do que virá

Não o estou a visualizar (por enquanto)
Mas confio na agilidade instântanea da caneta
O que escrevo melhor ou, melhor,
O que acabo por gostar mais nas minhas páginas
É a condução do momento

Deixa-me pensar em ti
Em tudo aquilo que falamos/falámos
O nosso plano de fundo é
Um labirinto de estantes
Tiras um DVD e
BOOM! - Uma tela de cinema
Planos rápidos e poucas palavras de uma Coppola

Tiras outro
Caem os que estão ao lado
E perdes algum tempo a repor a calma
Começas a ler a sinopse

O resumo é uma compilação de diálogos
As fotos ganham traço de manga
Os cabelos esvoaçantes e ondulados
Terminam em franjas pontiagudas
Que rodeiam olhares brilhantes
De convicção, magia e justiça

Vais para a zona dos CD's
Vês um Moustaki
Mas como já o tens
Pegas e prendes-te com um Brassens

No meio da multidão
Os amigos dos amigos conhecessem-se
E os parentes
Todos dependentes das ordens e avanços dos gravatas verdes
Tu observas o ambiente musical
Numa pupila curiosa-escura
Enquanto sonho com um qualquer mágico da matemática sonora.

Marta Soares

1 comment:

Anonymous said...

OOOOOH! Estava eu a fazer uma compilação dos teus poemas para mostrar a uma amiga quando clico nos posts antigos e vejo...
Oh! Obrigada. Desculpa o atraso=) de resposta.

Beijinhos

Até sábado

Marta

P.S. - por acaso há aí umas estrofes que eu gostaria de mudar, mas... paciência.

PARABÉNS PELO PERDIDAMENTE E A DISTÂNCIA.

Ainda tenho de os ler melhor.

Beijinhos reforçados

Marta