Wednesday, July 29

Está no meu sangue

Todas aquelas coisas que nunca ninguém vai entender, nem acreditar. Porque só eu vivo na minha cabeça, no meu coração, só eu sei o que verdadeiramente sinto. A futilidade de tentar partilhá-las com o exterior, quando este receberá hostil e desconfiado - e de qualquer forma, com que objectivo? Procurar a compreensão, uma segunda/terça/quarta oportunidade de mudar a realidade que lamentamos? Resolvendo de um lado o que se estraga do outro. O dilema sem outra solução que não seja o esquecimento de mim, e um pouco mais de infelicidade realista do meu lado para conquistar a paz nos outros. Mas o pior, sempre, sempre esta vontade de partilha, não conseguir habituar-me à ideia de que não são segredos mesquinhos o que sentimos mas desejos utópicos que como granadas só trazem destruição se lançados para fora. Esta impossibilidade de me conformar completamente às ausências na minha vida, a tristeza de saber que as vou levar comigo para onde for e até ao fim. 

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