Thursday, May 29

Don't speak mood

Eu sempre achei que sou forte, que consigo lutar em várias frentes e suportar bem verdades duras, ao contrário do que às vezes me dizem (porque ser forte não é não sofrer, não chorar e que não custe, mas integrar o que aconteceu, por mais que nos pese, e continuar a luta, acho). Mas tem vezes em que é duro demais - e é pior porque nem se pode dizer que seja o universo inteiro a conspirar contra nós, é que uma pequena diferença numa e noutra coisa nos facilitaria, imenso, a vida, pois tudo quase bate certo até àquele pequeno pormenor (das collants que não encontramos ou da nacionalidade distante).

Ou então muita coisa é complicada demais mesmo, sem atenuantes. Um amigo perdido e a sua falta, um amigo que se consome lutando também a grande luta, uma nova amizade que se constrói, tudo isto já chegava, sem a adição do amor que tudo sublima e machuca, e sem os percalços do que aprendemos a chamar o nosso campo "profissional", que são nódoas no quotidiano.

Ah, estou cansada, apenas. Há dias em que a constatação de que, por mais que tentemos, não conseguimos fazer sempre a coisa certa (porque a maior parte do tempo não sabemos qual é, e no resto do tempo o que é certo num lado da balança desiquilibra o outro), nos deita abaixo por momentos.

PS: Também posso estar em modo de lamentação apenas porque me doem os dentes e não tenho dinheiro nem tempo para ir ao dentista. É, tem essa.

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