Friday, January 23


Quando eu morrer, eu sei, tu escreverás
Triste soneto à morte prematura;
Dirás que a vida cansa em amargura
E, pálido e frio, tu me cantarás.

Nas quadras, reflectido se lerá
De como, vã e breve, a vida expira
E como em terra funda, dura e fria,
A vida, má ou boa, acabará.

A seguir, nos tercetos, tu dirás
Que a morte é mistério, tudo fugaz,
Verdadeira, talvez, a vida além.

Por fim porás a data, assinarás.
E, relido o soneto,
ficarás Contente por tê-lo escrito bem.

Alexander Search (tradução desconhecida)

8 comments:

R.Joanna said...

Muito amavelmente enviado pelo Barco de Flores.

Anonymous said...

Olhe, parece-me que o original é em Inglês, segundo flores que recebi também.

R.Joanna said...

Sim, recebi o original também :)

Foi ainda mais engraçado porque tinha lido o poema em voz alta a um amigo e comentado que, não sendo aparentemente de Pessoa, era muito belo.

Curiosamente, prefiro a tradução portuguesa (o que raras vezes me acontece).

Anonymous said...

Deixe que lhe pergunte...sabe vossemecê o que existe do lado de lá?

Esquila said...

No espaço de um mês é o segundo post que tem a palavra morte...sórdido...muito sórdido...tu fazes as tuas prórprias coincidências...

Esquila said...

sim...tenho um problema sério com "prorprias...mais uns rrrrr para acentuar a palavra..." XD

R.Joanna said...

Se sei o que existe do lado de lá... Segundo dois grandes amigos, mesmo que saiba não lho direi, guardarei segredo para mim para a fama não me perseguir :)
Até porque escrevo do outro lado da lua.

Mas o que quero realmente responder-lhe é: Será que me importa não saber o que existe do lado de lá?

R.Joanna said...

Cala-te Madame Esquila
(eu também mando calar as pessoas)

"I like God don't play with dices and don't believe in coincidences"