Ainda frescos sobre a húmida areia,
A fugitiva hora, reevoqueia,
—Tão redíviva! nos meus olhos baços...
Olhos turvos de lágrimas contidas.
—Mesquinhos passos, porque doidejastes
Assim transviados, e depois tornastes
Ao ponto das primeiras despedidas?
Onde fostes sem tino, ao vento vário,
Em redor, como as aves n'um aviário,
Até que a asita fofa lhe faleça...
Toda essa extensa pista—para quê?
Se há-de vir apagar-vos a maré,
Como as do novo rasto que começa...
Camilo Pessanha, Clepsydra
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