Tuesday, April 30
Monday, April 29
Sunday, April 28
Doing what it takes to be human
"I would rather have had one breath of her hair, one kiss of her mouth, one touch of her hand, than eternity without it. "
Um orgasmo por dia não sabe o bem que lhe fazia
Estudos recentes e infalíveis comprovam que o Caetano não tem razão em invejar, além da longevidade, os orgasmos múltiplos.
Saturday, April 27
Thursday, April 25
Mejor que una cicatriz imborrable
"<< Nunca se deja de creer por completo >>, dijo el marqués. << La duda persiste >>.
Abrenuncio lo entendió. Siempre había pensado que dejar de creer causaba una cicatriz imborrable en el lugar en que estuvo la fe, y que impedía olvidarla."
Gabriel García Márquez, Del amor y otros demonios, p. 86.
Abrenuncio lo entendió. Siempre había pensado que dejar de creer causaba una cicatriz imborrable en el lugar en que estuvo la fe, y que impedía olvidarla."
Gabriel García Márquez, Del amor y otros demonios, p. 86.
Friends with benefits
Emma: Do you wanna do this?
Adam: Do what?
Emma: Use each other for sex, at all hours of the day and night. Nothing else.
Adam: Yeah, I could do that.
Emma: Good. It's gonna be fun.
Wednesday, April 24
Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão
Vi o meu amor tratado assim
Mas, basta agora o que você me fez
(...)
Agora eu tenho que saber
O que é viver sem você
(...)
Se você me perguntar se ainda é seu
Todo o meu amor, eu sei que eu
Certamente vou dizer que 'sim'
Mas, já depois de tanta solidão
Do fundo do meu coração
Não volte nunca mais pra mim
Será que te conheci?
Será que te conheci
realmente? Coisas
que nunca disseste ou
calámos. Pensamentos
meio pensados. Uma sombra
que te atravessou o rosto.
Algo nos teus olhos. Não,
eu não quero acreditar nisso.
Mas elas regressam. A noite
não tem sons,
apenas ideias estranhas. Palavras
que se levantam do meu sono:
Será que te conheci?
Rolf Jacobsen, How the roads have come to an end now, aqui: http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.pt/2013/04/volta-ao-mundo-em-poesia-noruega.html
realmente? Coisas
que nunca disseste ou
calámos. Pensamentos
meio pensados. Uma sombra
que te atravessou o rosto.
Algo nos teus olhos. Não,
eu não quero acreditar nisso.
Mas elas regressam. A noite
não tem sons,
apenas ideias estranhas. Palavras
que se levantam do meu sono:
Será que te conheci?
Rolf Jacobsen, How the roads have come to an end now, aqui: http://universosdesfeitos-insonia.blogspot.pt/2013/04/volta-ao-mundo-em-poesia-noruega.html
Tuesday, April 23
Carácter
"Es falso decir que lo que nos determina son las circunstancias. Al contrario, las circunstancias son el dilema ante el cual tenemos que decidirnos. Pero el que decide es nuestro carácter."
José Ortega y Gasset
Monday, April 22
Sunday, April 21
Fúrias
En ocasiones — irregulares, imprevisibles y recurrentes — a la menor provocación
me viene un enojo ancestral, telúrico, inmarcesible,
un enojo Hulk, marca Medea,
Aquiles: arde Troya,
se arma la Gorda —literal y metáforico — explosión,
CHISPAS:
digamos — a veces — pequeñeces
digamos: migas de pan, fracciones de segundo exponencialmente
acumuladas:
retrasos, siempre se está tarde, y hay que estar,
pertenecer, enredos de motivos, tardanzas:
furias rodando a toda velocidad por mis entrañas,
furias halladas por mi mal,
piedad, serenidad, paciencia, a veces: respirar
centrarse, mirar el jardín interior,
amarrar los dóberman, cómo decirlo:
acumulaciones.
Maricela Guerrero, La Edad de Oro, Antología de poesía mexicana actual, México, 2012
Daqui, com tradução: http://mdcia.wordpress.com/2013/04/21/furias/
me viene un enojo ancestral, telúrico, inmarcesible,
un enojo Hulk, marca Medea,
Aquiles: arde Troya,
se arma la Gorda —literal y metáforico — explosión,
CHISPAS:
digamos — a veces — pequeñeces
digamos: migas de pan, fracciones de segundo exponencialmente
acumuladas:
retrasos, siempre se está tarde, y hay que estar,
pertenecer, enredos de motivos, tardanzas:
furias rodando a toda velocidad por mis entrañas,
furias halladas por mi mal,
piedad, serenidad, paciencia, a veces: respirar
centrarse, mirar el jardín interior,
amarrar los dóberman, cómo decirlo:
acumulaciones.
Maricela Guerrero, La Edad de Oro, Antología de poesía mexicana actual, México, 2012
Daqui, com tradução: http://mdcia.wordpress.com/2013/04/21/furias/
Bam-Bam
Por uma lágrima tua ter-me-ia deixado matar. But you shot me first, and no tear can take the shot back.
Saturday, April 20
Try again. Try better.
When there is nothing else, be the best you can be with the worst they give you.
Friday, April 19
in time of daffodils(who know
he goal of living is to grow)
forgetting why, remember how
in time of lilacs who proclaim
the aim of waking is to dream,
remember so (forgetting seem)
in time of roses (who amaze
our now and here with paradise)
forgetting if, remember yes
in time of all sweet things beyond
whatever mind may comprehend,
remember seek(forgetting find)
and in a mystery to be
(when time from time shall set us free)
forgetting me, remember me
e. e. cummings
he goal of living is to grow)
forgetting why, remember how
in time of lilacs who proclaim
the aim of waking is to dream,
remember so (forgetting seem)
in time of roses (who amaze
our now and here with paradise)
forgetting if, remember yes
in time of all sweet things beyond
whatever mind may comprehend,
remember seek(forgetting find)
and in a mystery to be
(when time from time shall set us free)
forgetting me, remember me
e. e. cummings
Thursday, April 18
Tuesday, April 16
Tormento
Investia duramente
mãos arranhadas
das silvas e da ternura dilapidada.
Investia sobre as palavras,
era a intempérie/a míngua
a mais antiga das tempestades
que regressava.
Soledade
http://metade-do-mundo.tumblr.com
mãos arranhadas
das silvas e da ternura dilapidada.
Investia sobre as palavras,
era a intempérie/a míngua
a mais antiga das tempestades
que regressava.
Soledade
http://metade-do-mundo.tumblr.com
At the end of the day it's you and me
"When you're close to tears remember
Some day it'll all be over
One day we're gonna get so high
And though it's darker than December
What's ahead is a different colour
One day we're gonna get so high
And at
The end of the day
Remember the days
When we were close to the edge
And we'll wonder how we made it through the night
The end of the day
Remember the way
We stayed so close till the end
We'll remember it was me and you
'Cause we are gonna be forever you and me
You will always keep me flying high in the sky of love"
It's time you started trusting your best friend
"Será sempre impossível determinar com um mínimo de segurança em que medida é que as nossas relações com outrem resultam dos nossos sentimentos, do nosso amor, do nosso desamor, da nossa benevolência ou do nosso ódio, e em que medida é que estão previamente condicionadas pelas relações de forças existentes entre os indivíduos."
Milan Kundera, A insustentável leveza do ser, p. 329
Milan Kundera, A insustentável leveza do ser, p. 329
Monday, April 15
"When I lay me down to sleep,
I pray the Lord my soul to keep,
And if I shall die before I wake,
I pray the Lord my soul to take."
http://en.wikipedia.org/wiki/Now_I_Lay_Me_Down_to_Sleep
Sunday, April 14
Saturday, April 13
Thursday, April 11
Porque el amor cuando no muere mata
"Lo que yo quiero, corazón cobarde,
Es que mueras por mí.
Y morirme contigo si te matas
Y matarme contigo si te mueres"
Monday, April 8
d. J.
Como se uma grande onda tivesse varrido a praia e nós ficassemos, inteiros mas diferentes, rodeados de destroços.
D. Fuas
pintura de Jean-Jacques Bachelier
Dá-se ares de marquês,
seu miar não quer conversa;
é gato, mas não maltês
o altivo bicho persa.
Não atende a quem o chama,
nem que vista uniforme;
de dia só quer a cama
onde à noite a dona dorme.
É em tom de ameaça
de audaz aventureiro,
que D. Fuas vai à caça
em noites de nevoeiro.
Parece um rei embuçado
com seu ar misterioso;
só falta cantar o fado,
a D. Fuas, o Formoso.
António José Queirós
Da Arca da Jade: http://arcadajade.blogs.sapo.pt
Receita infalível para o emagrecimento
Apaixone-se, sem deixar de amar. E depois acrescente complicações.
Veja como perde até um kilo por semana! Resultados garantidos.
Sunday, April 7
Saturday, April 6
Friday, April 5
Thursday, April 4
"Sob a cómoda e aparentemente tão tolerante expressão “cada qual é livre de dizer o que quiser” esconde-se na maior parte das vezes a indefinição ética, a recusa tacticista de tomar partido, a indiferença e a contemporização com o inadmissível. É este encolher de ombros que levou o historiador Ian Kershaw a escrever que “a estrada de Auschwitz foi construída pelo ódio, mas o seu pavimento foi a indiferença”."
Esther Mucznik, Público de 4-Abril-2013.
Esther Mucznik, Público de 4-Abril-2013.
Imagine you and me (and him)
"I think about you day and night, it's only right
To think about the girl you love and hold her tight"
Happy Together, The Turtles
Wednesday, April 3
Passível de
Hoje inventei uma nova palavra: existível. "Esse tipo de amor não é existível", por exemplo. É tão boa a sensação que se tem quando se cria uma nova palavra, como se se criasse um novo e pequeno mundo, bolha na superfície da realidade. Mesmo que seja uma palavra com vocação para desiludir, ou sem grande beleza. É como se deixasse no fundo da boca a esperança de que sim, de que é possível sempre, porque não há de sê-lo, é existível.
Para a Filosofia mas não só
"Uma das experiências desagradáveis por que passam muitos professores do ensino secundário acontece quando, no final do período, atribuem notas baixas aos seus alunos. Não é só o facto de atribuírem notas baixas, o que só por si não é agradável; é também a pressão exercida por muitos colegas que prontamente exigem justificações por escrito e estratégias adequadas para acabar com notas tão baixas, deixando no ar a ideia de que o professor não soube fazer aquilo que devia para que tal situação não se verificasse. Mas, embora seja menos vulgar, atribuir notas altas também pode tornar-se uma experiência desagradável. Foi o que me aconteceu no final deste período, ao atribuir a dois alunos da mesma turma a classificação de... 20 valores.
Os comentários não se fizeram esperar, até porque a disciplina em causa era a Filosofia, e a reacção de alguns professores foi a de que algo de errado se estava a passar. Imediatamente apanhei com a pergunta:
Vinte? Como é isso possível?
Lá tentei responder, sem grandes rodeios, que era possível atribuir 20 porque a escala oficial de classificações, conhecida por professores e alunos, vai até 20. Logo, não faz sentido que a escala vá até aos 20 valores e que não seja possível a um aluno ter 20 valores. Isso seria muito grave, pois estar-se-ia a enganar os alunos e a defraudar as legítimas expectativas de alguns deles (ainda que possam ser raros). Para além de irracional, seria muito pouco pedagógico e indigno de uma instituição educativa, como é a escola. Impossível seria atribuir 21 ou 22. Mas parece que não fui convincente, uma vez que o meu argumento foi descartado com o seguinte comentário:
Ainda se fosse a Matemática ou a Física! Mas em Filosofia, que é tudo tão subjectivo! Em Filosofia nunca se sabe tudo. As respostas dos alunos nunca são perfeitas; fica sempre algo por dizer ou há sempre algo a melhorar.
Este comentário mostra que a perplexidade em relação ao 20 só acontece porque se trata da disciplina de Filosofia e não de outra qualquer. É claro que não valia a pena responder que a escala de classificações para esta disciplina era exactamente a mesma que para as outras e que a irracionalidade apontada anteriormente se mantinha também aqui. O problema em mente parece ser outro: a incapacidade de qualquer professor de Filosofia para avaliar com rigor e objectividade os alunos na sua disciplina. Ora isto decorre de uma determinada ideia que tais pessoas fazem da Filosofia. Ideia essa que, penso, lhes é transmitida directa ou indirectamente por nós próprios, professores de Filosofia, e que considero errada.
A ideia é esta: a Filosofia é uma disciplina de conteúdos muito vagos, objectivos nebulosos e métodos imprecisos. Trata-se de algo que oscila entre a cultura geral, a interpretação de textos e a livre expressão pessoal dos alunos. O Português é a disciplina a que a Filosofia anda mais vezes associada.
Ora, numa disciplina assim o professor dificilmente sabe com exactidão o que ensinar e que competências exigir aos alunos. Em consequência, o que se pede ao aluno quando está a ser avaliado é pouco mais do que vago e impreciso: comentários de frases e interpretações de textos (quantas vezes de textos obscuros e inadequados). Daí que pouca diferença haja, de facto, entre a Filosofia e o Português (no Português os objectivos são até mais claros). O aluno é então avaliado pela forma como escreve e como articula algumas frases em português acerca dos filósofos A, B ou C. Por isso, não é difícil imaginar que outras respostas completamente diferentes possam ser também boas respostas e que qualquer resposta seja sempre susceptível de ser melhorada. Quando é que uma resposta é melhor do que a outra? Ora, isso é subjectivo, dizem. E perante esse facto, o professor de Filosofia sente a angustiante insegurança de quem se arrisca a ver a sua avaliação ser posta em causa com facilidade. Não dar 20 é uma forma de se defender. Assim, o 20 é um ideal estratosférico, difícil de defender na prática.
Mas isto só é assim porque não passa pela cabeça de muitas pessoas que a filosofia possa ser outra coisa completamente diferente: que a filosofia possa tratar de problemas cuja formulação correcta se pode exigir aos alunos, cujas teorias podem ser claramente discutidas e cujos argumentos podem ser avaliados de forma rigorosa por eles. Não lhes passa pela cabeça que as competências necessárias para tal possam ser testadas de forma tão transparente como em qualquer outra disciplina. Enfim, que a Filosofia não é aquela patética tentativa de agarrar as nuvens com as mãos e que os professores de Filosofia não têm de parecer — como uma vez me confessou com alguma graça um colega de Matemática — uma de três coisas: padres, poetas ou revolucionários de esquerda. Os padres pregam, os poetas divagam e os revolucionários debitam palavras de ordem. Até podem estar certos, só que nenhum deles ensina filosofia nem a filosofar. Só que a resposta a isto foi mais outra pergunta:
Quer dizer que esses alunos sabem tanto como o próprio professor?
Ouvi até colegas dizerem que nunca dão 20, pois o 20 é para eles próprios, como se eles fossem também alunos e estivessem a ser avaliados no mesmo processo. Ora, os objectivos que os alunos têm de atingir em cada disciplina não são os de saber o que os respectivos professores sabem. Se assim fosse, as notas dos alunos do 12.º ano teriam de ser mais altas dos que as dos alunos do 11.º ano e as dos alunos do 11.º ano mais altas do que as dos alunos do 10.º ano, sobretudo quando o professor é o mesmo. Isto porque, regra geral, os alunos do 12.º sabem mais do que os do 11.º e estes mais do que os do 10.º. Coitados dos alunos se as coisas funcionassem assim! O programa da disciplina e os objectivos a alcançar consistiriam em saber o que o professor sabe. Mas isto apenas significa que facilmente se esquecem os programas e competências que tais programas visam desenvolver e que é apenas sobre isso que os alunos devem ser testados e avaliados. Se, por exemplo, se pretende que um aluno do 11.º ano de Filosofia consiga pensar de forma consequente, e se para isso tem, entre outras coisas, de saber o que se infere da negação de uma disjunção, então é a sua competência para negar correctamente disjunções, entre outras coisas, que deve ser testada e avaliada. Se um aluno sabe negar disjunções, sabe fazê-lo tão bem como o professor. Qual é o problema? Da mesma maneira que se um aluno sabe qual é a composição química da água, o sabe tão bem como o próprio professor que lho ensinou, ainda que este saiba muitas outras coisas que o aluno não sabe. Quando testa os alunos sobre uma determinada matéria do programa, o professor tem de admitir que os alunos possam satisfazer integralmente os objectivos do teste. Do mesmo modo, quando o professor testa os alunos sobre todas as matérias leccionadas, tem também de admitir que os alunos possam satisfazer integralmente os objectivos testados. Nesse caso, tem também de admitir que os alunos podem ter 20.
O problema é que na prática a teoria é outra, como se costuma dizer. E, afinal, só os bons alunos é que podem ser prejudicados! Qual é o problema?"
Aires Almeida Aires Almeida, retirado daqui: http://pertodemais.blogs.sapo.pt/2010/01/
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