(…)
há uma altura, creio
um dia em que se acorda
e se percebe tudo:
a traição do acaso
que dispersa a folhagem do jardim,
a solidão inacessível dos desertos,
a ferocidade da natureza
em certas estações,
essa espécie de errância
que pertence ao silêncio
mais que a qualquer palavra
Baldios, José Tolentino Mendonça na Assírio e Alvim
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2 comments:
E depois, esquece-se?
Depois continuamos a viver, com a compreensão de tudo.
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