Quando eu morrer, eu sei, tu escreverás
Triste soneto à morte prematura;
Dirás que a vida cansa em amargura
E, pálido e frio, tu me cantarás.
Nas quadras, reflectido se lerá
De como, vã e breve, a vida expira
E como em terra funda, dura e fria,
A vida, má ou boa, acabará.
A seguir, nos tercetos, tu dirás
Que a morte é mistério, tudo fugaz,
Verdadeira, talvez, a vida além.
Por fim porás a data, assinarás.
E, relido o soneto,
ficarás Contente por tê-lo escrito bem.
Alexander Search (tradução desconhecida)
8 comments:
Muito amavelmente enviado pelo Barco de Flores.
Olhe, parece-me que o original é em Inglês, segundo flores que recebi também.
Sim, recebi o original também :)
Foi ainda mais engraçado porque tinha lido o poema em voz alta a um amigo e comentado que, não sendo aparentemente de Pessoa, era muito belo.
Curiosamente, prefiro a tradução portuguesa (o que raras vezes me acontece).
Deixe que lhe pergunte...sabe vossemecê o que existe do lado de lá?
No espaço de um mês é o segundo post que tem a palavra morte...sórdido...muito sórdido...tu fazes as tuas prórprias coincidências...
sim...tenho um problema sério com "prorprias...mais uns rrrrr para acentuar a palavra..." XD
Se sei o que existe do lado de lá... Segundo dois grandes amigos, mesmo que saiba não lho direi, guardarei segredo para mim para a fama não me perseguir :)
Até porque escrevo do outro lado da lua.
Mas o que quero realmente responder-lhe é: Será que me importa não saber o que existe do lado de lá?
Cala-te Madame Esquila
(eu também mando calar as pessoas)
"I like God don't play with dices and don't believe in coincidences"
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