Monday, August 17
Sopro
que cada um reconhece o seu destino.
O sonho mais proibido: a ideia de um infinito
por fim quotidiano deixado em sorte
ao corpo do amor.
Rendido e prisioneiro para conservar intacto
o seu sabor, subtraído ao vazio havido entre as coxas
longamente, em vão, como a água que todavia desliza da mão.
Paolo Ruffilli
Friday, August 14
Adeus
"Agora a pergunta era tão clara, que eu não achei uma sombra de verdade para me esconder. De outras vezes, outra gente me perguntara o mesmo. E nunca soube responder. Falavam-me de fora, de outro mundo, com uma linguagem diferente. E assim, as nossas ideias jogavam à cabra-cega. Eu próprio, quando queria entender-me, espreitando-me donde me não suspeitasse, não tinha razões talhadas à medida do meu sonho. Os princípios do sendo, da justiça, talvez tivessem envelhecido e não pudessem acompanhar o meu anseio. Só metido dentro de mim eu me compreendo todo e sem razões. Hei-de um dia tombar e arrefecer. Talvez então seja possível a outros meter em leis o que gelou do meu esforço. Até lá, é difícil. Qualquer coisa me está sempre forçando os limites, mesmo da regra que julgo dar-me. Um vento largo ergueu-se não sei donde e arrebatou-me."
P.11 de Contos, de Vergílio Ferreira
Wednesday, August 12

Yumeji ni wa
Ashi mo yasumezu
Kayoedo mo
Utsutsu ni hitome
Mishi goto wa arazu
Embora os meus pés
Nunca deixem de correr para ti
No carreiro dos sonhos
Tais noites de amor não valem o mesmo
Que olhar para ti na tua realidade
Ono no Komachi
Enviado pelo Barco de Flores
Wednesday, July 29
Resvés
"Eis algumas explicações para o surgir da expressão “resvés Campo de Ourique” que tanto utilizamos e que encontrámos numa pesquisa rápida, na net:
1. Marina Tavares Dias, no seu livro Lisboa Misteriosa , dedica o capítulo “O mistério das palavras” ao esclarecimento de expressões correntes que a historiadora associa à cidade de Lisboa. Aí se explica que a expressão resvés Campo de Ourique remonta ao traçado urbano da Lisboa oitocentista: a circunvalação que traçava os limites da cidade passava dentro do próprio bairro de Campo de Ourique, na rua Maria Pia, pelo que o bairro era considerado, à justa, parte de Lisboa. Quer dizer resvés Campo de Ourique!
2. No terramoto de 1755 que atingiu Lisboa, os 35 arcos do Aqueduto das Águas Livres sobreviveram sem rachadura. Diz-se que ficam situados na junção de duas placas do Cretácio Superior, muito perto de uma falha sísmica, a de Campo de Ourique. Por isso se diz que quando alguma coisa escapou por milagre “foi resvés, Campo de Ourique”;
3. Diz-se também que foi com o eléctrico 24 que fazia o percurso entre os Prazeres e o Largo do Carmo que esta expressão ficou ainda mais popular! A razão de tal popularidade deve-se ao facto de o eléctrico 24 roçar a esquina da Panificação(em Campo de Ourique!), pois colocando a mão pela janela, batia-se no edifício: era resvés Campo de Ourique!"
Encontrado na Cyberteca
1. Marina Tavares Dias, no seu livro Lisboa Misteriosa , dedica o capítulo “O mistério das palavras” ao esclarecimento de expressões correntes que a historiadora associa à cidade de Lisboa. Aí se explica que a expressão resvés Campo de Ourique remonta ao traçado urbano da Lisboa oitocentista: a circunvalação que traçava os limites da cidade passava dentro do próprio bairro de Campo de Ourique, na rua Maria Pia, pelo que o bairro era considerado, à justa, parte de Lisboa. Quer dizer resvés Campo de Ourique!
2. No terramoto de 1755 que atingiu Lisboa, os 35 arcos do Aqueduto das Águas Livres sobreviveram sem rachadura. Diz-se que ficam situados na junção de duas placas do Cretácio Superior, muito perto de uma falha sísmica, a de Campo de Ourique. Por isso se diz que quando alguma coisa escapou por milagre “foi resvés, Campo de Ourique”;
3. Diz-se também que foi com o eléctrico 24 que fazia o percurso entre os Prazeres e o Largo do Carmo que esta expressão ficou ainda mais popular! A razão de tal popularidade deve-se ao facto de o eléctrico 24 roçar a esquina da Panificação(em Campo de Ourique!), pois colocando a mão pela janela, batia-se no edifício: era resvés Campo de Ourique!"
Encontrado na Cyberteca
Thursday, July 23
Quem me quiser amar,
que me leve
fechada no meu mistério...
Me leve
como um presente imerecido,
vindo não sabe de onde
- sempre com medo que lhe fuja
da caixinha cor da bruma
em que se esconde.
Quem me quiser amar,
me leve, sem importar
de perguntar o que eu valho.
- Já lhe basta essa alegria de saber que me possui,
de saber que eu valho mais
que quanto quiser pensar.
Sebastião da Gama
que me leve
fechada no meu mistério...
Me leve
como um presente imerecido,
vindo não sabe de onde
- sempre com medo que lhe fuja
da caixinha cor da bruma
em que se esconde.
Quem me quiser amar,
me leve, sem importar
de perguntar o que eu valho.
- Já lhe basta essa alegria de saber que me possui,
de saber que eu valho mais
que quanto quiser pensar.
Sebastião da Gama
Correctamente
"Mais vale aprender a fazer amor correctamente do que a marrar num livro de história"
A Erva Vermelha, Boris Vian
A Erva Vermelha, Boris Vian
Monday, July 20
Sobre uma leitura proustiana
"O leitor que, preguiçosamente, apenas reproduz o que leu, o leitor que fetichiza o livro, seja como mercadoria, seja como objeto bonito, como mania de bibliófilo, este não é exatamente o leitor proustiano. O leitor proustiano é o que pensa através das conclusões que vêm dos outros, que inventa por si a partir do desejo aceso pela leitura. Com isto, PROUST mostra que o ato de ler é, na verdade, dos mais complexos, porque não podemos ir além do que ali se diz e, no entanto, precisamos ir além do que ali se diz, imaginação à solta."
Davi Arrigucci Jr., Leitura: entre o fascínio e o pensamento(2)
Davi Arrigucci Jr., Leitura: entre o fascínio e o pensamento(2)
"Seuls, en effet, les romantiques savent lire les ouvrages classiques, parce qu'ils les lisent comme ils ont été écrits, romantiquement, parce que, pour bien lire un poète ou un prosateur, il faut être soi-même, non pas érudit, mais poète ou prosateur."
Marcel Proust, Sur la Lecture
Texto completo aqui
Marcel Proust, Sur la Lecture
Texto completo aqui
Como tornar-se um leitor em 10 passos
1.º – Escolha uma data para começar a ler e respeite-a.
2.º – Evite começar por livros considerados literatura light, pois embora o nome seja encorajador não reflecte de todo a realidade e pode destruir a melhor das intenções.
3.º – Livre-se de todos os telemóveis, playstation, dvd’s e afins que tenha por perto.
4.º – Depois de começar a ler não pode parar sem, pelo menos, chegar ao fim do primeiro capítulo; deixá-lo a meio aumenta consideravelmente o risco de desistir antes mesmo de ter começado.
5.º – Para se auto-motivar, pense muitas vezes em todos os benefícios da leitura.
6.º – Peça às pessoas que estão à sua volta que não bocejem nem se deitem no sofá a ver os programas de televisão que passam em horário nobre.
7.º – Peça ajuda a um profissional - pode ser um livreiro, um editor, um professor, etc. – ou participe em fóruns e blogues da especialidade. Estas comunidades de leitores ajudá-lo-ão a integrar-se mais facilmente na sua nova realidade.
8.º – Mude de hábitos, a fim de evitar locais onde possa conviver com pessoas completamente desinteressantes.
9.º – Não faça pausas muito grandes e complemente-as com a leitura de um jornal, revista, de banda desenhada ou de uma história infantil.
10.º – Parabéns. Se chegou até aqui é porque já é um leitor. No entanto, evite os entusiasmos exagerados, como, por exemplo, passar a considerar-se um intelectual.
Encontrado na Pó dos Livros
2.º – Evite começar por livros considerados literatura light, pois embora o nome seja encorajador não reflecte de todo a realidade e pode destruir a melhor das intenções.
3.º – Livre-se de todos os telemóveis, playstation, dvd’s e afins que tenha por perto.
4.º – Depois de começar a ler não pode parar sem, pelo menos, chegar ao fim do primeiro capítulo; deixá-lo a meio aumenta consideravelmente o risco de desistir antes mesmo de ter começado.
5.º – Para se auto-motivar, pense muitas vezes em todos os benefícios da leitura.
6.º – Peça às pessoas que estão à sua volta que não bocejem nem se deitem no sofá a ver os programas de televisão que passam em horário nobre.
7.º – Peça ajuda a um profissional - pode ser um livreiro, um editor, um professor, etc. – ou participe em fóruns e blogues da especialidade. Estas comunidades de leitores ajudá-lo-ão a integrar-se mais facilmente na sua nova realidade.
8.º – Mude de hábitos, a fim de evitar locais onde possa conviver com pessoas completamente desinteressantes.
9.º – Não faça pausas muito grandes e complemente-as com a leitura de um jornal, revista, de banda desenhada ou de uma história infantil.
10.º – Parabéns. Se chegou até aqui é porque já é um leitor. No entanto, evite os entusiasmos exagerados, como, por exemplo, passar a considerar-se um intelectual.
Encontrado na Pó dos Livros
Monday, July 13
Welcome

Conta a lenda que um dia um grupo de samurais atravessava uma estrada em frente a um templo budista quando foram atraídos por um pequeno gato branco que lhes parecia sorrir da entrada, levantando uma pata como que convidando-os a entrar. Uma vez lá dentro ouviram a gigantesca tempestade que estalava lá fora, e ficaram convencidos que havia sido o pequeno animal a salvá-los. Desde esse dia o Gato de Beckong ou Maneki-neko, como ficou conhecido, é usado como talismã e sinal de boas vindas no Japão.
Aprendi numa enciclopédia de gatos :)
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